Diz-me! Diz-me já tudo, como se estivesses com pressa e a tua mãe estivesse ao fundo da rua. Diz-me tudo sem rodeios, e deixa os medos para lá. Depois parte e não dês um beijo, nem abraço de despedida; será melhor assim porque contigo já não quero mais coisas aos bocadinhos, apenas quero que despaches tudo já e depois partas para sempre. Que peças à tua mãe para te levar para bem longe de mim. Até porque eu sinto cada vez mais que já nada em mim és. Sinto que já nada meu te pertence, e nada teu é meu. Sinto também, que as pequenas partes que te dei estão de novo a regressar.
E sabes? Sinto-me bem.