Estende as mãos. Sim tu! Estende-as e deixa-me aí ficar. Até amanhã. Não! Até todos os amanhãs, até para sempre. Protege-me , acaricia-me, beija-me. Deixa-me ficar aí, abre-as e deixa-me aí entrar. Eu prometo que te dou tudo aquilo que tenho. Apenas quero que as abras, que me envolvas em ti, que não me deixes cair. Ou então, deixa-me cair, desde que caías tu também. Como num jogo, em que acabamos no chão a rir e fazer cocégas um ao outro. E depois disso abre outra vez a mão, estende-a e levanta-me. Volta a meter-me em ti. Quero que saibas que independentemente de tudo eu quero estar contigo, quero lutar por ti, quero estar em ti. Quero que saibas que também tu estás em mim, pertences-me como eu te pertenço. Pertencemo-nos como as estrelas pertencem ao céu. E assim irá continuar a ser.
Espera! Vamos estender os dois as mãos. Agarra a minha com força. como eu faço com tua. Não com demasiada, mas com aquela força a que eu gosto de denominar força do amor, aquela que nós temos dentro de nós, e que sai cá para fora sem qualquer esforço. Estamos de mãos agarradas. Protegidos um pelo outro, e sabemos que aconteça o que acontecer, nos bastará olhar para o lado e ver-mos a pessoa que mais amamos ali; cairmos e ver-mos que continuamos juntos, de mãos dadas. Sorrirmos e ouvirmos o palpitar do nosso coração ao mesmo tempo.
O tempo pode passar, o mundo pode acabar. Mas enquanto tudo isso acontece, nós estaremos de mãos dadas, ao lado um do outro, a sermos felizes, a amarmo-nos.